O TEMA DO MODELO DE AVALIAÇÃO QUE
APRESENTAREI PARA VOCÊS COLEGAS É O SEGUINTE: CAPELA QUE
ABRIGA A CRUZ DO MONGE SÃO JOÃO MARIA NA CIDADE DE MAFRA – SC.
O ensino de História é fundamental para a
formação social do indivíduo, porque pode possibilitar a percepção dele como
sujeito e agente da história ao aprender, analisar e refletir sobre as relações
dos diferentes grupos humanos em tempos e espaços diversos.
O Monge São João Maria apareceu na região de
Mafra por volta do ano de 1851, quando Mafra ainda pertencia ao município de
Rio Negro - PR. O Monge passou a se dedicar as praticas de rezas, batizava e
promovia curas, naqueles tempos, o povo sofria com doenças e epidemias que
dizimavam vidas, como a varíola, e com o final da guerra dos farrapos.
Nascido na Galileia, no começo do século XIX.
Consagrou a sua vida a propagar a fé que havia renegado por amor, passando a
percorrer o mundo em 77 anos. O monge era um profundo conhecedor das magias
indianas e filósofo. São João Maria era tido como um Messias. Sendo que os
movimentos messiânicos são aqueles em que as pessoas se apegam a um líder
religioso ou espiritual, curandeiros, conselheiros, guias espirituais. O
messianismo ainda pode ser definido como um socialismo. Algo que se assemelha a
uma classe social construída pelo próprio povo, em uma ânsia de justiça e
igualdade, que era o intuito dos grupos denominados fanáticos, homens, mulheres
e crianças sem voz nem vez.
A pedido do Monge foram erguidas dezenove
cruzes de madeira, iniciando na porta da Capela que será tema do projeto a ser
desenvolvido com os alunos do (E.M.). As outras cruzes foram fixadas seguindo
em linha reta até a margem do rio, sem deixar de observar a distância uma da
outra, numa espécie de superstição, que o povo carente e sofrido levou ao pé da
letra. Existe uma cruz do monge, na praça Hercílio Luz no município de Mafra -
SC. Esta cruz foi fixada no dia 30 de junho de 1851 e até os dias atuais é
cultuada como um santuário de devoção.
Esta cruz faz parte da história de Mafra
- SC e Rio Negro - PR, e recorda a fundação das cidades irmãs, assim como a
Guerra do Contestado. Sendo ela o primeiro marco da civilização plantada a
margem do rio negro, venerada e idolatrada por seus devotos.
Essa Oficina Pedagógica teve como objetivo
principal conhecer ou recordar a existência da capela que abriga a cruz. Objeto
este que é muito relacionada com o ensino de História, já que, para
compreendê-lo devemos estudar a história da Guerra do Contestado. É pertinente
dizer que o velho lenho de devoção cravado à margem do Rio Negro faz lembrar a
luta de um passado e o início das cidades irmãs (Mafra – SC e Rio Negro – PR).
Já os objetivos específicos dessa atividade
foram, instigar os alunos do 1º ano do E.M. a descobrirem o significado do
termo messianismo; Analisar o que os alunos sabem sobre o surgimento do
município de Mafra e as cruzes do monge; Tornar a disciplina de história
mais atraente para os discentes, contribuindo também para a formação da
identidade local dos mesmos; Conscientizar os alunos em relação à
importância da história local, preservação da memória cultural do nosso
município e das pessoas que por aqui passaram.
Durante as várias
aulas necessárias para a conclusão da Oficina Pedagógica, apresento aqui um
breve resumo dos pontos principais das aulas: As aulas foram baseadas
principalmente na apreciação por parte dos alunos por meio do retroprojetor de
fotos, notícias, imagens, vídeos e livros que retratam e contam a história da
capela que abriga a cruz do monge. (Visto que, a visitação não era necessária,
pois a grande maioria dos alunos já sabiam da existência da capela e já haviam
passado pelo local algumas vezes. Além do mais a visitação demandaria difícil
logística e critérios rígidos de segurança devido ao local possuir grande
movimento de veículos em todos os horários do dia e também poucas faixas de
pedestres nas vias no entrono da praça).
Durante
o andamento da Oficina em um determinado momento passei no quadro negro
perguntas que os alunos responderam na sala de aula e se fosse necessário
poderiam contar com ajuda de seus familiares para responde-las. Dentre
as perguntas, algumas delas se destacam como: Você já havia passado pela
capela? Se sim, comente onde ela se encontra e se passa com frequência por ela. Você
conhece um pouco sobre a história desse monge? Comente o que sabe sobre ele;
Você sabia que a cruz é relacionada com o surgimento de nossa cidade? Comente o
que sabe sobre o assunto; O que significa o termo messianismo?
O questionário foi respondido na sala
de aula e algumas perguntas puderam também ser respondidas em casa se
necessário, com o auxílio dos pais, avós ou familiares dos alunos. (Algumas
respostas incluíram até fatos, lendas populares e entre outros assuntos
relativos a cruz cravada pelo monge).
AVALIAÇÃO:
Para verificar se os alunos alcançaram os
objetivos propostos, se faz necessária a análise das respostas e o desempenho
dos estudantes na realização do questionário. Analisando se o termo messianismo
foi relacionado com religião, se foi comentado algo sobre o surgimento do
município de Mafra e as cruzes do monge e também se foi escrito nas respostas
frases que visam à preservação da memória cultural e a valorização da história
local e entre outros. Após o término da oficina, é
importante também avaliar se os alunos realizaram todas ou boa parte das
atividades propostas durante todas as aulas.
O uso de temáticas voltadas a história local
precisa ser trabalhada sempre que possível pelo professor de História. Sendo o
papel da escola permitir o uso de atividades diferenciadas, para que os alunos
busquem se posicionar na sociedade visando a preservação da história local de
seu município.
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